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Especialista da coluna e suas deformidades

sua doença

Entenda

Seja pela má postura adotada e repetida diariamente ao longo dos anos ou por alguma deformidade congênita, não é raro nos depararmos com problemas que atingem diretamente a coluna vertebral. Um dos mais comuns, que atinge aproximadamente 3% da população mundial é a escoliose.

A coluna é o eixo de sustentação de todo o corpo. Trata-se de uma estrutura rígida e flexível que mede entre 72 e 75 centímetros, é constituída por 33 vértebras. Sua extensão compreende desde a base do crânio até a pelve. A coluna vertebral torna possível a realização de todos os movimentos. Além de manter a coluna ereta, protege a medula espinhal; serve de ponto de fixação para as costelas, ligamentos e músculos dorsais; e abriga órgãos vitais para o organismo (como coração e pulmão).

A escoliose ocorre quando existe uma curvatura anormal na coluna, maior do que dez graus e pode ou não ser acompanhada pela rotação das vértebras, denominadas “giba”.

Como é uma coluna com escoliose

A coluna assume uma posição de desalinhamento lateral. Essa condição pode trazer consequências visíveis como cintura levemente ou acentuadamente inclinada, ombros ou quadris assimétricos, um lado da caixa torácica ou uma perna pode parecer menor do que o outro. Na prática, o corpo literalmente pende ou inclina-se para o lado em que há o desvio.

A escoliose pode se manifestar desde a infância e acontece com frequência predominante em mulheres. Apesar de ser muito comum, ainda não foi encontrada uma cura para o problema, e os pacientes que convivem com a escoliose podem enfrentar muitas dores para realizar até mesmo as tarefas mais básicas.

A escoliose pode ser, basicamente, classificada como estrutural ou funcional. Nos casos em que está relacionada à estrutura, a deformidade óssea está ligada a um problema congênito ou adquirido, que afeta diretamente a coluna e, na maioria dos casos, é irreversível. Nos casos funcionais, a estrutura óssea permanece preservada e as curvaturas surgem para compensar algum tipo de deformidade que ocorra em alguma outra parte do corpo como o crescimento assimétrico de pernas, por exemplo. As causas da escoliose variam de acordo com os tipos da alteração, conforme veremos abaixo.

Escoliose lombar: quando o desvio da coluna acontece na região lombar (parte inferior costas);

Escoliose idiopática: de todas as ocorrências da doença, é a que mais predomina com 80% de incidências nos pacientes. Como o próprio nome sugere, é quando não se sabe ao certo as causas que culminaram no desvio acentuado. Esse tipo de escoliose é dividido em subgrupos: infantil (até os três anos); juvenil (até os nove anos); adolescente (dos 10 aos 18 anos); e adulto (após os 18 anos);

Escoliose acentuada: é considerada acentuada quando a curvatura da coluna do paciente ultrapassa os 45 graus, sendo propenso, inclusive, a intervenções cirúrgicas;

Escoliose congênita: é decorrente de um problema com formação dos ossos da coluna, ou de um problema de fusão dos ossos da coluna do feto quando está em formação durante o período da gestação.

Escoliose neuromuscular: ocorre devido a problemas neurológicos como paralisia cerebral ou muscular que determinam falta de controle dos músculos ou paralisia decorrente de doenças como distrofia muscular, espinha bífida ou poliomielite.

Graus de escoliose

A deformação pode ser classificada como curvas simples, com torção à direita ou à esquerda (desvio em formato de “C”), ou curva dupla (desvio em formato de “S”). Inclusive, o tratamento direcionado pelo ortopedista pode ser definido através do grau de angulação da curvatura da coluna. Até dez graus não é preciso realizar tratamento fisioterápico; de 20 a 30 graus além desse tipo de tratamento, o paciente também irá utilizar colete ortopédico; de 30 a 40 graus, o paciente irá usar constantemente o colete; e de 40 a 50 graus de curvatura, é necessário realizar uma cirurgia para correção do problema.

O que causa escoliose

Algumas das principais causas de escoliose são idiopáticas, neuromusculares e decorrentes de poliomielite. As causas podem também ser congênitas e pós-traumáticas.

Escoliose cirurgia

A cirurgia para correção do desvio é indicada quando a curvatura da coluna se apresenta com 50 graus ou mais, mesmo porque ela pode continuar progredindo se a intervenção não for realizada e, como consequência, afetar até mesmo as funções pulmonares. Com a cirurgia é possível obter 50% de correção ou mais.

A cirurgia é feita na parte de trás das costas, mas em alguns casos especiais – e raros – pode ser realizada uma cirurgia pela barriga.

Quanto tempo dura uma cirurgia de escoliose

O procedimento para correção da curvatura tem duração de três a cinco horas e durante toda a cirurgia são utilizados equipamentos especiais para monitoramento da função neurológica do paciente.

Com êxito, os pacientes já começam a sentar na cama no dia seguinte pós-cirurgia e a andar no segundo dia. O tempo total de internação hospitalar é de três a quatro dias e os pacientes podem voltar à rotina de duas a três semanas pós-cirurgia. Algumas atividades físicas, no entanto, devem ser limitadas até que haja a consolidação óssea.

Escoliose tem cura

É uma deformidade que pode ser atenuada com o devido tratamento e a realização de fisioterapia que conferem ao paciente melhor qualidade de vida. No entanto, tirando os casos em que há intervenção cirúrgica, ainda não existe uma metodologia que resolva por completo a escoliose.

Escoliose tratamento

A escolha do tratamento mais indicado para o paciente é baseada no grau de curvatura da coluna e na maturidade esquelética dele. De uma forma geral, quanto mais encurvada e menor a maturidade esquelética, maiores são as chances de a escoliose progredir.

Basicamente, o médico pode optar por três opções para tratamento: observação, órteses (coletes), ou cirurgia.

Escoliose colete

O uso tem como função a contenção da progressão da curvatura da coluna, entretanto não consegue diminuir o grau de angulação que a coluna já tem. A grande progressão da curvatura acontece durante o crescimento do paciente. Por isso, é indicado para crianças e adolescentes em fase de crescimento e mantidas nesses casos.

Escoliose exercícios

É possível amenizar os sintomas da escoliose com a realização de alguns exercícios que ajudam a fortalecer a estrutura óssea da coluna vertebral, impedir que a curvatura da coluna aumente e, principalmente, aliviar a dor.

Exercícios de fisioterapia e RPG sempre devem ser assistidos por um profissional capacitado que acompanhe, além dos movimentos, a progressão desse paciente, bem como a melhora física, analisando a qualidade de vida.

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